07/06/2009

30 dias de (ins)piração musical - dia 4

Bom, no dia do jogo, já devidamente inspirado por conversas e filmes de eras medievais, nada mais óbvio que um metalzinho épico, daqueles que reinaria a guitarra dando o clima. Confesso que faltou um refrão, mas na minha cabeça faltou o guitarrista também pra pegar o galope da música, hehe..

Metal - As Muralhas do Forte

[intro de guitarra lenta, sugerindo um navegação no mar e o fim de uma tempestade, o canto inicial é um sussuro medroso]

Depois de alguma chuva
O céu finalmente clareou
E do leme o capitão trovejou

Checamos a espada na bainha
Apertamos a fivela das botas
Com o sinal da cruz o padre reza
Para boa sorte ou extrema unção

E nossas ordens são claras
Um objetivo tão sinistro
Perder a vida num belo domingo

[música explode, simulando uma batalha, uma invasão]

Do alto do forte o inimigo nos espera
Catapultas e arcos mancham o céu
Erguemos os escudos sobre as cabeças
Alguns já gritam com as flechas no peito

Da praia nos aproximamos da mata
Das escorregadias pedras do morro
Sem tropas nos esperando, eles nos convidam
A gigantesca trilha do morro, que não conhecemos

O caminho escurece e se torna incerto
O que parece certo é uma armadilha
Não existe um caminho feito para se subir
Exceto aos céus com a bandeira do meu rei

Soldados nos cercam, sem gritos de guerra
Atrás de muretas onde não consigo subir
A piada mortal, minha espada não os alcança
Mas suas lanças e bestas ficam vermelhas de sangue

Gigantescos escombros nos esmagam como vermes
Toras e pedras nos atropelam nos caminhos sem saída
Já estamos divididos, sem rumo, sem chance
A tática é que nosso número resista, a tática é morte

Sobre o corpo de tantos companheiros
Ainda agonizando, membros decepados e esmagados
Muitos empurramos à frente, são escudos humanos

Finalmente na muralha do morro chegamos
O inimigo fecha os portões e derrama o óleo
Dos buracos-assassinos, pedras e água escaldante

Dessa altura do morro, até o vento combatemos
Não encontramos platôs, não há canto seguro
Lutamos cegamente, já não abatemos o inimigo

No morro, nossas máquinas de guerra não sobem
Mas catapultas do inimigo ainda afundam nossos reforços
Tanta morte, tanto sangue, tanto esforço em vão
Sem ter para onde recuar, escorregamos do precipício

Enfim cumprimos a nossa missão
Morremos numa tarde de domingo

Um comentário:

E então ele disse: